quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Até que a morte nos separe




Juramento feito a trinta e nove anos, onze meses e dez dias passados. Fizemos com a responsabilidade de todo casal quando está na cerimônia do casamento. E jamais pensei que teria que ser separada do meu amor pela morte. Não que eu pensasse que seríamos eternos e imortais. Porém jamais imaginei enfrentar a dor da separação ainda um pouco precoce( assim me expresso, pois somos relativamente novos) e tudo acabou em apenas trinta e um dias. Nosso amor foi de encomenda. Traçado no céu e realizado na Terra. Profetizado por meu falecido pai três anos antes de nos conhecermos. Meu primeiro namorado, eu tinha apenas quinze anos e você dezenove. Sonhos, 

planos tudo realizou-se e nesses anos todos ,sempre tivemos mais motivos para comemorar do que para chorar. Você partiu anteontem e a dor da separação é muito dilacerante. Nunca pensei que seria assim, sempre te amei, mas na perda vi que amei e amo muito mais do que imaginava. No período de sua enfermidade lutei com você e te encoragei para a vitória. Nunca imaginei que seria através da separação. E aqui presto minha última homenagem  ao Homem que conquistou-me pelo caráter ,  dignidade, carinho, e tantas outras virtudes que levaria muitas linhas à descrevê-las. Amor maior não há e dor igual também. Deus fortaleça minha fé para que eu supere e passe a relembrar tantos momentos de intensa felicidade que juntos vivemos!
Denise Vieira Doro

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